sábado, 30 de outubro de 2010

Ambientalistas criticam projetos do Pré Sal

Os quatro projetos de lei que definem como será a exploração de petróleo na camada do pré-sal causaram algumas reações negativas de empresas do setor e de ambientalistas.

A coordenadora da Campanha de Oceanos do Greenpeace, Leandra Gonçalves, critica principalmente o fato de os ambientalistas não terem sido convidados para debater os projetos.

De acordo com a entidade, a estimativa da quantidade de carbono que será liberada com a exploração do óleo e a queima posterior é de 1,3 bilhão de toneladas.

A tecnologia necessária para neutralizar a substância só estará disponível, segundo o Greenpeace, daqui a 20 anos.

Leandra Gonçalves explicou que os esforços em relação ao desmatamento serão anulados pela exploração do pré-sal:

"Se o desmatamento da Amazônia, nosso principal vetor hoje do aquecimento global, for zerado nestes próximos anos; se a gente queimar este pré-sal, o impacto da redução do desmatamento pode ser nulo"

domingo, 24 de outubro de 2010

Comércio de olhos vendados

Depois de rastrear a cadeia de comércio dos produtos da pecuária na Amazônia, o Greenpeace descobriu que marcas conhecidas mundialmente também alimentam o desmatamento com suas compras. Isso ocorre a partir de centenas de fazendas envolvidas em desmatamento ilegal e até trabalho escravo que figuram na lista de fornecedores de gado para os frigoríficos Bertin, JBS e Marfrig. Em seguida, seus produtos são processados em outras regiões do país, com a mistura de produtos legais e ilegais, permitindo uma “lavagem” ao longo da cadeia comercial, até chegarem à exportação.

Empresas famosas como Adidas, BMW, Carrefour, EuroStar, Ford, Honda, Gucci, IKEA, Kraft, Nike, Unilever, Colgate/Palmolive, Johnson & Johnson, Tesco, Toyota, Wal-Mart, Gucci, Timberland e tantas outras compram produtos brasileiros elaborados com desmatamento ilegal, trabalho escravo, invasão de áreas protegidas e terras indígenas. Fornecedores do Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido e no Oriente Médio, cujos clientes incluem as forças militares britânica, holandesa, italiana, espanhola e norte-americana, também adquirem produtos da pecuária amazônica. As nações que mais compram são China, Estados Unidos, Itália e Reino Unido. Isso tudo sem descartar o consumo interno crescente no Brasil, onde os supermercados Carrefour, Wal-mart e Pão de Açúcar controlam quase 40% das compras do setor.

“Esperamos que essas empresas deixem de comprar produtos da pecuária amazônica com origem duvidosa. Não se pode afirmar que este ou aquele item tem carne ou couro ilegais, afinal, a cadeia produtiva permite a mistura de produtos “sujos” e “limpos”, mas também não se pode garantir que não tem. E se nós conseguimos rastrear a comercialização, o governo também pode, pois tem ferramentas mais eficientes. Para o gado, já existe um sistema de rastreabilidade oficial, mas ele precisa de ajustes e também contemplar variáveis sociais e ambientais. Consumidores em todo o mundo querem saber se os produtos que compram provocam desmatamento ou se são elaborados com trabalho escravo”, ressaltou Muggiati.

O Ministério Público Federal entrará com ações civis civil públicas contra 22 fazendas que não respeitaram o embargo imposto pelo governo e seguiram com pecuária e outra cobrando danos morais em favor da sociedade brasileira por toda a degradação ambiental provocada pela criação de gado na Amazônia. Também enviou notificações para 72 empresas, incluindo as grandes redes de supermercados, informando-as que, se persistirem na compra de produtos pecuários de origem duvidosa, poderão ser processadas.

O Plano Nacional de Mudanças Climáticas foi apresentado na conferência climática de Poznàn (Polônia), no ano passado, com o compromisso de reduzir em 72% o desmatamento, até 2018. Para atingir essa meta, o país deve obrigatoriamente acabar com o desmatamento ilegal. Conforme o Greenpeace, entre 80 e 120 bilhões de toneladas de carbono estão estocados na Amazônia. Logo, destruí-la liberaria o equivalente a 50 vezes as emissões anuais de gases-estufa dos Estados Unidos, comenta o relatório da entidade.

O trabalho do Greenpeace também chega em um momento crítico para as florestas nacionais, pois grupos organizados no parlamento e dentro do governo se articulam para derrubar leis apontadas como entraves ao agronegócio e aprovar outras legislações que, na prática, anistiarão quem desmatou ilegalmente e reduzirão as salvaguardas das matas brasileiras.

Ministério da Agricultura e associações brasileiras de Supermercados (Abras) e da Indústria Exportadora de Carne (Abiec) foram procuradas pela reportagem, mas não se pronunciaram sobre o relatório não-governamental.

Governo é aliado da destruição da Amazônia

Assim o Brasil traça o futuro da maior floresta tropical do planeta. (Foto: Daniel Beltra/Greenpeace)
Depois de três anos vasculhando informações sobre as ramificações da pecuária nacional, a organização não-governamental Greenpeace acumulou dados suficientes para lançar o relatório A farra do boi na Amazônia. Além de constatar que a criação de gado na região vem provocando a maior onda de desmatamento do globo, a entidade mostra a total ambigüidade entre discursos e ações governistas quando o assunto é preservação da maior floresta tropical do planeta.

Conforme o Greenpeace, o governo brasileiro fomenta a destruição da Amazônia quando destina pesados investimentos diretos e linhas de financiamentos a atividades que provocam desmatamento, além de manter baixa presença do poder público, tanto no fornecimento de serviços básicos quanto em fiscalização contra ilegalidades. Tudo isso concentra a expansão da pecuária na região, onde a falta de “governança” significa terra e mão-de-obra baratas. Em área média anual, a Amazônia brasileira tem a maior taxa mundial de perdas florestais.

A entidade elaborou o estudo a partir de fontes oficiais de dados, com a ajuda de informantes em governos e empresas, seguindo caminhões, realizando sobrevôos, analisando imagens de satélite e muito bibliografia. “Do boi não se perde nada, se aproveita tudo. A cadeia de produtos tem uma complexidade incrível, com o couro figurando como um co-produto da pecuária de grande peso no mercado internacional. Mas, o mais surpreendente, é a quantidade de subprodutos e setores envolvidos. Até pó de extintor de incêndio é fabricado com chifres e cascos de bois moídos, enquanto glândulas são exportadas para laboratórios farmacêuticos na Suíça”, contou André Muggiati, especialista da campanha Amazônia do Greenpeace.

Em quase 30 páginas, o documento relembra fatos divulgados pela imprensa para mostrar que os esforços dos órgãos ambientais e os discursos governistas são mero “verniz verde” frente aos aportes de dinheiro em atividades econômicas baseadas no desmatamento da floresta. Como exemplo, 85% dos US$ 41 bilhões (mais de R$ 80 bilhões) liberados pelo governo em julho do ano passado, para o Plano Agrícola e Pecuário 2008/09, foram destinados à agricultura industrial, diz a ong. Graças a esse tipo de “investimento”, a pecuária é responsável por oito em dez hectares desmatados na Amazônia brasileira.

Ainda de acordo com o relatório, o governo é “sócio” em várias empreitadas que contribuem para a degradação da floresta. Isso acontece com os apoios do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) concedidos a empresas do ramo da pecuária. Desde 2007, empresas responsáveis por mais da metade das exportações brasileiras de carne receberam US$ 2,65 bilhões do banco, em troca de ações para o governo brasileiro. Os frigoríficos Bertin, JBS e Marfrig ficaram com a maior parte do dinheiro público, informa o documento não-governamental. O IFC, braço de empréstimos privados do Banco Mundial, também investiu US$ 90 milhões em um projeto do Bertin. O frigorífico foi multado em julho passado em mais de R$ 3 milhões, por estocar madeira nativa sem licença.

“A participação societária do governo nessas empresas mostra uma grande contradição, pois enquanto apresenta metas para reduzir o desmatamento em negociações internacionais sobre mudanças climáticas, investe pesadamente na ampliação da atividade dessas empresas na Amazônia. Não era surpresa o fato de que esses grupos estimulavam a devastação da floresta, no entanto o governo segue investindo nesses setores, contrariando o interesse da população, que é o da proteção da Amazônia. Isso é escandaloso”, ressaltou Muggiati.

O Brasil possui cerca de 200 milhões de cabeças de gado, o maior rebanho comercial do mundo, e é o maior exportador de carne. Divide com a China a liderança na exportação de couro curtido. Não satisfeito, o governo quer dobrar a participação brasileira no comércio global de carne na próxima década. Ano passado, o comércio de gado no Brasil movimentou US$ 7 bilhões, e o couro representou mais de um quarto desse valor.

Reinhold Stephanes, ministro da Agricultura, anuncia com freqüência que o Brasil se tornará o maior produtor e exportador mundial de itens do agronegócio. Para abocanhar uma fatia cada vez maior do mercado global, o governo vem disponibilizando recursos públicos para expandir o processamento de produtos pecuários na Amazônia. Todavia, o Brasil tem entre cem e 150 milhões de hectares (quase o tamanho do Amazonas) em pastagens degradadas, que poderiam ser aproveitadas para produção. Até o momento, o governo não apresentou nenhum plano para sua recuperação e uso.

Em abril, Carlos Minc (Meio Ambiente) prometeu negociar com o BNDES uma linha de financiamento específica para ajudar a reerguer frigoríficos abalados pela crise econômica. Assim, empréstimos teriam “cláusulas ambientais” e a fiscalização nos abatedouros aconteceria em conjunto com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Minc também quer uma moratória para a carne ilegal (boi pirata), nos mesmos moldes da moratória da soja, que desde 2006 envolve produtores e exportadores de grãos no compromisso de não comercializar soja de áreas desmatadas da Amazônia. A indústria da exportação vem adiando um acordo.

As sujeiras de Dilma nao acabam nunca? Agora e um livro dossie.

Quem paga esses contratados de Dilma? De onde vem o dinheiro? Voces se esquecem que eles pertencem ao Foro de SP e que recebem dinheiro do Exterior para o projeto de comunizacao do pais? E que o PT recebe 40% do salario de cada militante com cargo de confianca? Quantos militantes lula contratou? Certamente muito mais de 2 milhoes, right? Quanto e 40% de todos esses salarios? Entenderam agora? O dinheiro e do erario e nos e que pagamos.

Os sábios já diziam à muitos anos atrás.

Conta-se que Mahatma Gandhi, ao ser perguntado se, depois da independência, a Índia perseguiria o estilo de vida britânico, teria respondido: "...a Grã-Bretanha precisou de metade dos recursos do planeta para alcançar sua prosperidade; quantos planetas não seriam necessários para que um país como a Índia alcançasse o mesmo patamar?"

A sabedoria de Gandhi indicava que os modelos de desenvolvimento precisam mudar. Os estilos de vida das nações ricas e a economia mundial devem ser reestruturados para levar em consideração o meio ambiente.

Os modelos de desenvolvimento dos países industrializados devem ser seguidos?

O desenvolvimento econômico é vital para os países mais pobres, mas o caminho a seguir não pode ser o mesmo adotado pelos países industrializados. Mesmo porque não seria possível.

Caso as sociedades do Hemisfério Sul copiassem os padrões das sociedades do Norte, a quantidade de combustíveis fósseis consumida atualmente aumentaria 10 vezes e a de recursos minerais, 200 vezes.

Ao invés de aumentar os níveis de consumo dos países em desenvolvimento, é preciso reduzir os níveis observados nos países industrializados.

Os crescimentos econômico e populacional das últimas décadas têm sido marcados por disparidades.

Embora os países do Hemisfério Norte possuam apenas um quinto da população do planeta, eles detêm quatro quintos dos rendimentos mundiais e consomem 70% da energia, 75% dos metais e 85% da produção de madeira mundial.

O que é preciso fazer para alcançar o desenvolvimento sustentável?

Para ser alcançado, o desenvolvimento sustentável depende de planejamento e do reconhecimento de que os recursos naturais são finitos.

Esse conceito representou uma nova forma de desenvolvimento econômico, que leva em conta o meio ambiente.

Muitas vezes, desenvolvimento é confundido com crescimento econômico, que depende do consumo crescente de energia e recursos naturais. Esse tipo de desenvolvimento tende a ser insustentável, pois leva ao esgotamento dos recursos naturais dos quais a humanidade depende.

Atividades econômicas podem ser encorajadas em detrimento da base de recursos naturais dos países. Desses recursos depende não só a existência humana e a diversidade biológica, como o próprio crescimento econômico.

O desenvolvimento sustentável sugere, de fato, qualidade em vez de quantidade, com a redução do uso de matérias-primas e produtos e o aumento da reutilização e da reciclagem.

O que é desenvolvimento sustentável?

A definição mais aceita para desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações. É o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro.
Essa definição surgiu na Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, criada pelas Nações Unidas para discutir e propor meios de harmonizar dois objetivos: o desenvolvimento econômico e a conservação ambiental.

HIDROELÉTRICAS:IMPACTOS AMBIENTAIS

Os impactos ambientais provocados pela construção de uma usina hidrelétrica são irreversíveis. Apesar das usinas hidroelétricas utilizarem um recurso natural renovável e de custo zero que é a água, "não poluem" o ambiente, porém alteram a paisagem ocorrem grandes desmatamentos provocam prejuízos à fauna e à flora, inundam áreas verdes, além do que muitas famílias são deslocadas de suas residências, para darem lugar à construção dessa fonte de energia. Durante a construção de uma usina hidrelétrica muitas árvores de madeira de lei são derrubadas, outras são submersas, apodrecendo debaixo d'água permitindo a proliferação de mosquitos causadores de doenças. Muitos animais silvestres morrem, por não haver a possibilidade de resgatá-los. Tudo isso em nome do desenvolvimento e conforto. Uma usina hidrelétrica leva em média 10 anos para ser construida e tem vida útil em média de 50 anos. As usinas termoelétricas poluem muito porque produz óxido de enxofre que reage com o oxigênio do ar formando ácido sulfuroso que por sua vez sofre oxidação formando o ácido sulfúrico que é o maior responsável pela produção d chuva ácida. A chuva ácida é arratada por muitos quilômetros indo poluir outros locais. Os automóveis, as indústrias que produzem oxido de enxofre são os piores poluentes. Na realidade a chuva é ligeiramente ácida em locais onde há baixa poluição, porém o problema ocorre quando ela se torna muito ácida, porque atinge lagos matando peixes e sacrificando atinge também a vegetação chegando ao ponto de abrir enormes clareiras nas matas. Será que vale a pena tanto sacrifício?

Dilma no Céu

Dilma_1Caiu um forte raio em Brasília. Desses que o governo afirma que são capazes de causar um blecaute. Ele caiu justamente no Palácio do Planalto. Para espanto de alguns e alívio de outros, o raio deu de cair exatamente na cabeça da ministra Dilma Rousseff, que foi literalmente torrada. Sem nada o que fazer, ela se dirigiu ao Além.
Ela tinha certeza de que iria para o Inferno. Mas, como o capeta não veio buscá-la, resolveu tentar a sorte no Céu.
Já no portal, encontrou São Pedro com uma meia dúzia de assessores.
“Antes de entrar aqui, a senhora precisa passar por um julgamento”, disse-lhe o guardião do Paraíso.
“Eu quero um advogado!”
“Não temos. Os advogados do tipo que a senhora precisa foram todos para o outro lado. A senhora vai ter de se defender sozinha.”
“Está bem. Eu sei me virar!”
“Comecemos pela sua juventude. É verdade que a senhora foi guerrilheira?”
“Fui! Do Colina e da VAR-Palmares! E era líder! Pode perguntar lá embaixo que tem um montão de gente que confirma!”
“Eu não entendo. A senhora tem orgulho de ter sido terrorista?”
“No Brasil isso pega bem. Tem até um órgão do governo que paga indenizações.”
“Consta aqui na sua ficha que a senhora se dedicava a tarefas que não têm nada que ver com uma guerra revolucionária. Roubar cofres, por exemplo.”
“É, vai fazer o quê…? Nós expropriamos um que tinha nada menos que US$ 2 milhões!”
“E o que vocês fizeram com o dinheiro?”
“Uma parte nós repartimos com os companheiros dos outros grupos.”
“E o resto?”
“Não tinha resto. Era para as nossas despesas. Era eu mesma que cuidava do dinheiro.”
“Bom, vamos passar adiante. A senhora ficou alguns anos presa, depois tratou de estudar.”
“Eu me graduei, depois fiz o mestrado e o doutorado. Pode ler na minha página na internet.”
“Tem gente que diz que a senhora não fez nem uma coisa nem outra…”
“Eu vou lhe dar a mesma resposta que dei para a imprensa: fiz o curso de mestrado, mas não o concluí. Depois eu voltei para a escola, a Unicamp, para fazer o doutorado. Também não me formei porque virei ministra…”
“A Unicamp informou que a senhora nunca se matriculou lá…”
“Isso é mentira!”
“Hum, trata-se de uma carreira bem peculiar… Aqui, na sua ficha, consta também que em 1989 a senhora foi nomeada diretora-geral da Câmara Municipal de Porto Alegre e foi demitida pelo presidente da Casa porque chegava tarde ao trabalho.”
“Isso é mentira!”
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“A senhora é conhecida como a mãe do PAC. E há quem diga que é, também, madrinha do apagão.”
“Isso é mentira! Só porque eu fui ministra da área energética por alguns anos, eu sou agora responsabilizada por tudo!”
“Dizem que foi a senhora que formulou o atual modelo de energia.”
“Isso é mentira! Quando eu assumi, todas as usinas hidrelétricas já estavam lá!”
“A que a senhora – que entende do assunto – atribui o apagão?”
“Vou-lhe dar a versão oficial do governo: eram três linhões. Acontece que caíram três raios ao mesmo tempo, um em cada um. Os três entraram em curto-circuito e deu no que deu.”
“É uma visão, no mínimo, curiosa… No governo passado houve racionamento de energia porque as chuvas não vieram e os reservatórios de água das usinas hidrelétricas ficaram vazios. Vocês eram da oposição na época e exploraram eleitoralmente o fato. E agora?”
“O apagão do FHC se deu por incompetência. Já o nosso foi devido ao clima, conforme eu já expliquei…”
“Já sei, três raios caíram simultaneamente nas três linhas… E vai por aí afora. Há quem diga que houve sobrecarga do sistema e ele caiu…”
“Isso é mentira! Os raios caíram nos linhões e o assunto está encerrado. Não se fala mais nisso.”
“Escute, para a senhora, tudo é mentira.”
“Isso também é mentira!”
“Vamos mudar de assunto. A ex-secretária da Receita Federal depôs no Congresso afirmando, com todas as letras, que esteve em seu gabinete, no Palácio do Planalto, e que a senhora lhe pediu para aliviar a barra num processo…”
“Isso é mentira! Nunca estive com essa mulher!”
“Ela disse, recentemente, que tem como provar o que falou… Além do mais, o prédio é inteiramente monitorado. Basta procurar a gravação que a questão fica resolvida.”
“Vamos encontrar uma versão conciliatória. Eu admito que a recebi no meu gabinete, mas foi para tratar de outros assuntos.”
“Quais?”
“Não me lembro mais. Como canta o Roberto Carlos, “são tantas emoções…”
“Bom, dona Dilma, sinto muito, mas a senhora não preenche os requisitos mínimos para entrar no Céu. Eu não entendi porque Satanás não se dispôs a recebê-la. Aguarde um momento que eu vou telefonar para ele.”
São Pedro saiu da sala, pegou o seu celular e ligou diretamente para o “coisa ruim”.
“Oi, Lúcifer, porque é que você não foi receber a Dilma Rousseff?”
“Eu não quero nem saber dessa mulher!”, explicou o príncipe das trevas. “Se ela vier para cá, em dois minutos vai estar mandando em todo mundo. Essa mulher tem cabelo na venta, é nervosa, irritadiça e impaciente. Estou fora!”
“E o que é que eu faço com ela?!”, desesperou-se São Pedro.
“Eu sei que foge dos regulamentos, não deixe o Chefão saber disso, mas o que se pode fazer é pedir desculpas e devolvê-la para o Ministério do Lula. Os dois se entendem bem porque, no fundo, se merecem…”

Petróleo como solução problemas.

A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, afirmou em discurso para gerentes da Caixa Econômica Federal (CEF), que os recursos obtidos com a exploração em águas ultraprofundas ajudarão na erradicação da pobreza em um prazo inferior a 18 anos.
Segundo a ministra, "com o Bolsa Família, com a infra-estrutura e com a questão da educação vamos levar uns 15 a 18 anos para acabar definitivamente com a miséria e com as diferenças e as desigualdades gritantes do país. Nós iremos usar esses recursos (da exploração do Pré-Sal) para encurtar o processo".
Definitivamente, basta o governo brasileiro prestar contas de todo o dinheiro público desviado para contas bancárias particulares de políticos e empresários corruptos, nos últimos quinze anos, para acabar definitivamente com a miséria e com as diferenças e desigualdades gritantes do país.  Isto nunca feito. Quem não se lembra da famosa frase crescer para dividir, argumento usado por uma elite brasileira que algumas décadas atrás pregava que os recursos seriam mais bem distribuídos entre todos os brasileiros se fossem maiores. Décadas depois, a falácia fica clara ao vermos o Brasil como o país mais desigual do mundo. Agora querem que acreditemos em outra falácia, a de que o dinheiro do Pré-Sal vai resolver os problemas sociais do país.
E ainda pior, querem que o Brasil se torne o maior aquecedor do planeta, priorizando a extração e tudo leva a crer o consumo do petróleo, um combustível fóssil, como fonte de energia. No dia 14 de Agosto de 2008, o Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva disse: "Deus deu o Pré-Sal para o Brasil não fazer mais burrice".
É o que nos resta!

Pré Sal: Interesses não só nacionais.

A descoberta do campo de Tupi, por exemplo, única área do pré-sal cujas reservas foram dimensionadas por meio de testes de produção até o momento, foi feita por um consórcio que inclui a britânica BG (que vai ficar com 25% do que o campo produzir), a portuguesa Galp Energia (que ficará com 10%) e a Petrobras (que terá direito a 65%). O mesmo acontecendo com os outros campos, com percentuais e empresas diferentes.Já foram descobertos no Pré-Sal da Bacia de Santos os campos de Iara, Carioca, Júpiter, Caramba, Bem-Te-Vi, Parati, Guará e Ogum.
Uma estimativa feita pelo Credit Suisse, fala em algo entre 30 e 50 bilhões de barris – o que já aumentaria em cerca de quatro vezes as reservas provadas brasileiras, que contavam com 12,1 bilhões de barris em janeiro deste ano. Mas os números podem ser ainda maiores. Alguns acreditam que o pré-sal poderia esconder no mínimo 100 bilhões de barris – o que colocaria o Brasil em 6º lugar entre as maiores reservas de petróleo do mundo.
O ex-diretor da Agência Nacional do Petróleo, Newton Monteiro, afirma que o pré-sal pode guardar 338 bilhões de barris, o que faria do Brasil o maior detentor de reservas provadas do mundo, superando de longe a Arábia Saudita – hoje com 264 bilhões de barris.
Para efeito comparativo, se o preço por barril de petróleo cair para US$ 100 dólares, os 338 bilhões de barris dariam uma renda em potencial de US$ 33,8 trilhões de dólares. Quase três vezes o PIB dos Estados Unidos ou 19 vezes o PIB brasileiro.

Pré-Sal: solução financeira ou problema ambiental ?

Descobertas recentes de petróleo a sete mil metros abaixo da superfície do mar podem alçar o Brasil a um status de potência petrolífera e econômica e ainda tornar o nosso país uma das maiores potências do aquecimento global.
Segundo o Ministério do Meio Ambiente, no Brasil, parcela representativa da demanda energética é atendida pelos combustíveis derivados de petróleo e gás natural, sendo que o petróleo responde por quase 90% do consumo no setor de transportes. O país possui cerca de 29 bacias sedimentares onde, das reservas de petróleo identificadas, 90% estão no mar. A conciliação da exploração e produção de petróleo com a conservação ambiental requer instrumentos de controle ambiental específicos de modo a prevenir e/ou mitigar os danos ambientais decorrentes da atividade.
Os impactos ambientais potenciais da indústria petrolífera são variados, sendo os mais conhecidos da população aqueles associados aos vazamentos nos petroleiros e terminais de petróleo, que provocam a contaminação e degradação ambiental de mares e praias. Entretanto, outros impactos ambientais são inerentes à atividade, que pode provocar: alterações da qualidade da água e contaminação de sedimentos marítimos, interferência com rotas de migração e período reprodutivo de cetáceos, quelônios, sirênios e grandes pelágicos; interferência em áreas coralíneas, manguezais e na atividade pesqueira artesanal.
A perfuração marítima pode ocasionar impactos relacionados à toxidade dos fluídos de perfuração, deposição de cascalho no fundo do mar, principalmente em áreas de corais, além de vazamentos de óleo. Na fase de produção marítima podem ocorrer vazamentos e impactos associados ao descarte da água de produção, bem como impactos sobre a socioeconomia ocorrendo significativa mudança na estrutura e organização da sociedade regional pelo aquecimento da economia provocado pela indústria do petróleo.